domingo, 21 de fevereiro de 2010

DOURADO DO BBB 10

Ele entrou no jogo completamente consciente de como as coisas funcionam. Toda a vez que faz merda, corre para recuperar o prejuízo. Sabe que deve fazer cenas engraçadas, pois é o que aparece na edição. Sabe que não pode se calar quando há alguma discussão, pois na edição, quem cala, consente. Ligadaço no jogo e isso não é defeito. Só acho uma pena a maioria das pessoas não terem consciência disso. Um exemplo? No BBB 4, Dourado vivia sacaneando patrocinador; hoje, ele sabe que perante a produção isso é um tiro no pé, então o que ele faz? Toda aquela cena linda e comovente quando ganhou o carro. São detalhes. São pequenas coisas que fazem você sacar qual é a onda do cara. Mais uma vez repito que isso não é defeito. São as armas dele. Só é meio triste as pessoas não verem isso e pensarem "que maneiro, o cara emocionado com o carro. dourado forever" e tal. GATO ESCALDADO.


Ele tem esse lado do preconceito misturado com ignorância que fica impossível torcer a favor. Ele critica o "exagero" por parte dos gays da casa, mas se esquece que toda minoria precisa gritar para aparecer. Entendo a limitação de pessoas como ele, mas não aceito determinados comportamentos. Ele se incomoda TANTO, sabe. De sentar quando toca robocop gay, de não querer escutar conversas. Então muita gente defende "é o direito dele". Então tá tranquilo eu virar e falar "ai gente, parem de falar de negros na minha frente"? Tá de boa eu sair da pista de dança porque os negros dominaram? É a mesma coisa e as pessoas não enxergam.


Mas sabe o limite de tudo, a gota d'água? Meu limite foi homem hetero não pega aids. Parei de torcer aí. E de lá para cá venho analisando tudo. Reavaliando ele não só dentro do Big Brother, já que é inegável que ele é o protagonista dessa edição, como fora também. Inserido dentro de uma sociedade e tudo. Veja bem. Ele para os amigos, para a família e para os fãs, não é mau caráter; pode ser grosseiro, mas é tido como gente boa. E daí eu lembro de Por dentro do III reich, do Albert Speer, onde a gente vê que a grande maioria dos ministros tinham suas famílias, amigos, e eram amados por eles. As atitudes que você tem dentro de um grupo não podem ser consideradas, se você tomas OUTRAS atitudes com um grupo diferente.


Dourado tem a coisa do carisma latente quando sabe usar e nas condições que o favoreçam. Segue a linha de vencedores como Bambam, Dhomini e Alemão. A torcida chega em um nível de fanatismo que nada de ruim vê. Apenas enxerga possíveis qualidades como o cara ser engraçado, o cara ir atrás e peitar uma briga etc. Disse em um outro post que os oponentes do Dourado são fraquíssimos. Posso curtir o Michel, mas é fraco. A Angélica é inteligente, mas joga errado. O ataque nunca é visto com bons olhos, se você contra-ataca de uma forma grosseira, tá tranks para o povo, mas o primeiro ataque é sempre visto de forma negativa. Foi assim que Alex e Morango se queimaram. Vejam que o Dourado é fortíssimo no programa, grosseiro, usa vocabulário de guerra, MAS tudo se justifica, ele foi atacado primeiro. É só o que o povo vê. Ele foi atacado primeiro. Se você recebe um tapa e revida com uma metralhadora, tá mais do que certo. Na visão de quem assiste bbb.

E tem a galera que curte, aceita todo o preconceito com o argumento de que ELE É AUTÊNTICO. Brother, qualquer merda pode ser autêntico. Então, falar as merdas na cara virou sinônimo de bonzão, só porque É VERDADEIRO? Continua.falando.merda.do.mesmo.jeito. Hitler era super autêntico. Dizia na cara que odiava negro, gay, judeu e muçulmano. E né? Era bonzão? Merecia o milhão?

Esse é meu ponto.



Pode ser engraçadíssimo. Pode ser o protagonista da edição. Pode levar o milhão. Pode ser autêntico e falar na cara. Só que. Até aqui cheguei.















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