sábado, 4 de maio de 2013

Saga da Procura de Aisha

Sempre gostei de assistir a telenovelas como forma de entreter o momento, hoje em dia quase não tenho tempo para ligar o televisor. Mas essa semana acompanhei alguns capítulos de 'Salve Jorge' e pude perceber que encontro de Aisha com sua família biológica  é a verdadeira representação dos valores de nossa sociedade, em um mundo repleto de Aishas...
Eu gosto de Aisha. Apesar de considerar a "Saga da Procura de Aisha" um paradigma de trocadilho infame (toda menina de 13 anos já postou no Face alguma brincadeira sobre "quem procura, Aisha"), eu a admiro, razões: Ela fala português sem sotaque apesar de ser turca, não estuda nem trabalha de modo a viver saltando entre Rio e Istambu (ou será Capadócia, nunca sei), dá colares legais de presente e PAGA JANTARES CAROS. Acho válido!!
Mas o que eu mais curto em Aisha é a sinceridade desarmante a Luiz Pondé, esta ausência de fingimento a Diogo Mainardi que vocês da esquerda e da direita populista nunca terão. Aisha não gosta de pobre. Quem gosta de pobre é candidato a prefeito. Turco até gosta da Alemanha, mas o Morro do Alemão são outros quinhentos. Aisha gosta é de Wanda, que é trambiqueira, mas é phyna; pilantra, porém chique. Aisha é o mainardismo subindo o morro, o pondezismo tomando cerveja em copo descartável. Não pode dar certo.

Aisha que achou sua familia biológica ficou frustada ao saber que elas moram em uma favela...
Mas em uma outra ocasião teve orgulho ao saber que iria encontrar a suposta mãe (Wanda) em uma cadeia, sabendo que era uma pessoa perigosa que usava mais de três nomes falsos, pagou sua fiança, deu dinheiro a ela e ficou muito feliz com isso! Ou seja.... Uma menina estudada, culta inteligente e do bem, fica orgulhosa com uma mãe bandida, e frustada com uma mãe humilde, mas digna.
E ainda tem gente que vai criticar a Globo alegando estar representando valores investidos.